Se há algo que
atrapalha os relacionamentos, isso se chama expectativas frustradas – a nossa
imensa capacidade de esperar demais quando, muitas vezes, o outro não está na
mesma sintonia. A equação “expectativa alta + cobrança excessiva” é quase
sempre traumática. No entanto, com o tempo, a gente vai aprendendo a lidar com
isso, a ler os sinais, a entender como fugir desse ciclo.
Assim, creio
que a idade chega para nos ajudar. E, quando estamos nessa fase dos 20 e muitos
ou 30 anos, desaceleramos. Aprendemos a ter expectativas mais reais, a enxergar
as pessoas com as suas limitações. Aprendemos, na verdade, a interpretar o comportamento
do outro e a entender os seus interesses.
Ao alinhar
nossas expectativas ao que o outro pode oferecer, escapamos dos sofrimentos
desnecessários. Isso não significa que nunca mais seremos magoados, mas que
saberemos lidar melhor com isso. Dessa forma, a tendência é que nossos
relacionamentos sejam menos intensos e mais calmos.
Com a
experiência adquirida ao longo dos anos, fantasiamos menos. Um encontro é só um
encontro. Pode ser que haja um segundo, um terceiro... E pode até ser que essa
pessoa vire o grande amor da sua vida. Mas tudo numa determinada ordem. Por
enquanto, é só um encontro. Nada mais. Sem cobranças, sem expectativas.
Quando você
age dessa forma, você deixa o caminho mais livre para o outro se aproximar.
Quando você age assim, você se permite viver o presente, sem necessariamente
focar no futuro.
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