Foto de arquivo pessoal.
Gosto de fotografar meus pés, pois eles lembram o caminhar: o que eu já percorri e o que ainda tenho a percorrer!
Quando comecei
a escrever o blog, em dezembro de 2015, ainda faltavam cinco meses para eu
completar 30 anos. Parecia muito tempo. E, nessa época, a minha mente estava
repleta de medos, dúvidas e receios. Afinal, quando eu olhava para trás,
parecia que tudo tinha passado muito rápido e que, em algum momento, as coisas
tinham saído do meu controle. Então, completar essa idade não foi exatamente
como eu planejava ou sonhava.
Há alguns dias, percebi que já estou
caminhando para os 30 anos e seis meses! E, por mais inacreditável que pareça,
o sentimento de não entender o lugar onde você foi parar e ter dúvidas sobre as
suas escolhas é bem mais presente nos momentos que antecedem os 30 do que nos
que sucedem. Depois das primeiras reflexões e de certo saudosismo, a ficha vai
caindo. Você percebe que o fato de haver curvas no seu caminho não desmerece a
sua caminhada. Percebe também que há valor em tudo o que você viveu e que isso
te faz mais forte.
Mais do que
mudanças físicas, a chegada dos trinta traz mudanças psicológicas. No entanto,
elas não acontecem num passe de mágica. Elas são constantes e você vem passando
por elas nos últimos anos. Você começa a se sentir mais leve, mais consciente
de que - entre o branco e o preto – existe uma extensa cartela de cores para
você escolher a que combina com você.
Você percebe
que não tem mais a quantidade de amigos que tinha há alguns anos. E você não
faz mais tanta questão em ser aceita por grupos sociais. A principal aceitação
tem que ser a sua. Você aprende que precisa se aceitar com todas as nuances que
existem em você. Aceitar-se é compreender-se. Compreender-se possibilita entender
os seus limites e como ser alguém melhor. Talvez esse seja o grande desafio de
virar adulto: tentar ser alguém melhor. Ser melhor para você, para os outros e
para o mundo.
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