Na vida, é muito
comum esperarmos que o outro seja aquilo que ele não consegue ser. É comum
esperarmos que o outro dê o que ele não pode. Assim, fica fácil nos frustrarmos.
Esperamos. Idealizamos. Muitas vezes, amamos algo que só existe na projeção que
fazemos na nossa mente.
O outro
deveria nos amar como idealizamos o amor. O outro deveria ter a consideração
que temos por ele. O outro deveria ser grato por tudo que já viveu ao nosso
lado. No entanto, o outro não consegue ser nada disso. Ele não é grato. Ele
pouco se importa. Ele age de um lugar que não estamos.
Nunca iremos
enxergar o lugar de onde o outro age. Afinal, falamos e agimos de outro lugar,
de outro referencial, de outro conjunto de valores. E é fundamental entendermos
isso para não nos frustrarmos. O outro é aquilo que não conseguimos enxergar.
A frustração
não está no que o outro deixa de fazer. Ela está no que idealizamos que ele
seja capaz de dar, de ser e de fazer. Temos certeza de que ele é capaz. E ele
nem se dá conta ao nos decepcionar. Ele nos dá o máximo que pode a partir do
que o constitui. E nós esperamos bem mais. O erro está em esperarmos muito de quem
é tão pouco... O erro está em esperar amor de quem tem um coração tão pequeno.
O erro é esperar verdades de uma pessoa constituída de tantas mentiras.
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