domingo, 27 de novembro de 2016

A beleza de ser quem se é...






Passamos boa parte da vida tentando nos adequar aos padrões, sejam os de beleza, os de estilo de vida, os profissionais... Acostumamos-nos a nos negar, a deixar de lado parte da nossa essência. Aprendemos a dançar conforme a música e esquecemos os nossos próprios passos.

Crescemos com vergonha de admitir nossos gostos bregas, nossas preferências, nossos conceitos de certo e errado.  Seguimos o que é mais conveniente, o que é tido como correto, o que é escolhido para ser a nossa verdade.

No entanto, chega um tempo em que seguir a linha já não nos é suficiente. Chega uma hora, em que não queremos mais ser o que foi projetado para nós. Queremos ser apenas o que escolhemos. Decidimos mergulhar na nossa essência, no que nos constitui, no resultado de todos esses anos de negações.

Descobrimos que é preciso coragem para se assumir diferente, mas que isso é libertador. E daí se seu cabelo não é padrão? Qual o problema em ser uma romântica assumida, num mundo de desafetos? Quem se importa se você está fora do seu IMC ideal?


Há tanta beleza em conhecer a si mesmo e reconhecer o belo em quem se é! Há tanta beleza em ter coragem de fazer as suas próprias escolhas e trilhar o seu caminho! Há tanta beleza em admitir o quão humano você é, apesar de tudo, apesar de todos. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

De repente, mais de 30!

                          Foto de arquivo pessoal. 
          Gosto de fotografar meus pés, pois eles lembram o caminhar: o que eu já percorri e o que ainda tenho a percorrer!


Quando comecei a escrever o blog, em dezembro de 2015, ainda faltavam cinco meses para eu completar 30 anos. Parecia muito tempo. E, nessa época, a minha mente estava repleta de medos, dúvidas e receios. Afinal, quando eu olhava para trás, parecia que tudo tinha passado muito rápido e que, em algum momento, as coisas tinham saído do meu controle. Então, completar essa idade não foi exatamente como eu planejava ou sonhava.

 Há alguns dias, percebi que já estou caminhando para os 30 anos e seis meses! E, por mais inacreditável que pareça, o sentimento de não entender o lugar onde você foi parar e ter dúvidas sobre as suas escolhas é bem mais presente nos momentos que antecedem os 30 do que nos que sucedem. Depois das primeiras reflexões e de certo saudosismo, a ficha vai caindo. Você percebe que o fato de haver curvas no seu caminho não desmerece a sua caminhada. Percebe também que há valor em tudo o que você viveu e que isso te faz mais forte.

Mais do que mudanças físicas, a chegada dos trinta traz mudanças psicológicas. No entanto, elas não acontecem num passe de mágica. Elas são constantes e você vem passando por elas nos últimos anos. Você começa a se sentir mais leve, mais consciente de que - entre o branco e o preto – existe uma extensa cartela de cores para você escolher a que combina com você.

Você percebe que não tem mais a quantidade de amigos que tinha há alguns anos. E você não faz mais tanta questão em ser aceita por grupos sociais. A principal aceitação tem que ser a sua. Você aprende que precisa se aceitar com todas as nuances que existem em você. Aceitar-se é compreender-se. Compreender-se possibilita entender os seus limites e como ser alguém melhor. Talvez esse seja o grande desafio de virar adulto: tentar ser alguém melhor. Ser melhor para você, para os outros e para o mundo.