quinta-feira, 30 de junho de 2016

Apaixonar-se diariamente pela vida...




De uns tempos para cá, tenho refletido bastante sobre a vida. Talvez seja por ócio, talvez seja pela chegada dos 30 ou talvez seja pelos altos e baixos que vivi nos últimos anos. Pode ser também pela junção disso tudo. E, várias vezes, tenho feito a mim mesma as seguintes perguntas: “o que fiz da minha vida até aqui? O que tem sido prioridade para mim? E o que de fato me faz feliz?”

Então, andei mudando as minhas prioridades. A minha pirâmide está diferente. Aprendi a valorizar alguns simples detalhes do dia a dia, que – na correria – quase passam despercebidos. A primeira grande mudança na minha vida é que aprendi a ser grata. Gratidão é algo muito importante para entendermos tudo o que vivemos neste mundo. Acordar e agradecer por mais um dia. Acordar feliz simplesmente pelo fato de acordar.

A segunda grande mudança é que tenho tentado ser mais leve e solidária com as pessoas. Isso é muito difícil. Nem todo dia você está de bom humor, há dias que sua paciência está no limite, mas as pessoas não têm culpa se algo deu errado para você. Então, tenho praticado desejar mais “bons dias”, ouvir mais as histórias dos outros, desde algum parente querido até um vendedor que você acabou de conhecer. A vida já é tão dura para sermos amargos... Precisamos ser leves para nós e para os que estão ao nosso redor.

 A terceira grande mudança tem a ver com realizações. Estou buscando fazer coisas que me realizam. É muito gratificante quando você consegue priorizar algo que te faz bem, desde dar atenção a um amigo querido a ir ver um por do sol, ou até mesmo viajar sozinha. Estou tentando transformar todo dia em um dia especial.


Estou tentando não encerrar o meu dia carregada de pesos desnecessários, estou tentando dar às coisas o valor que elas realmente têm. É um processo contínuo, difícil... Nem todo dia dá certo. Mas, quando dá, você tem aquela sensação de que fez por onde merecer mais um dia. Você encerra o dia com leveza... E você aprende a se apaixonar diariamente pela vida. 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Se você tem 30 anos, provavelmente as agendas fizeram parte da sua vida

 Antes de passarmos 24 horas por dia conectadas às redes sociais, nós tínhamos tempo de escrever em nossas agendas. E ter agenda era algo legal na adolescência e no início da juventude. Particularmente, eu continuo amando ter agendas! É uma forma de você voltar no tempo e perceber o que mudou e o que continua sendo importante para você. Então, vamos a algumas curiosidades sobre ter agendas:

                                          Uma parte das minhas agendas... Cada uma guarda um pedacinho da minha história... 
                                         

1 – Muitas vezes, a agenda virava diário. E você escrevia tudo o que acontecia no seu dia, até as coisas mais triviais, como “acordei cedo hoje”;




2 – Página de frases no Facebook que nada! Nossos momentos de reflexão ficavam estampados nas páginas da agenda do ano...




3 – Se você não era muito fã de agenda, deve ter tido ao menos a obrigatória do colégio...



4 – Quem nunca? Quem nunca teve uma agenda do Mickey ou da Minnie ou de algum outro personagem da Disney?



5 – Antes da facilidade de assistir a qualquer música no Youtube com a opção de legendas, a gente copiava as letras das nossas músicas preferidas na agenda. E sempre que dava saudade a gente ia lá olhar... Quem nunca pediu a agenda da amiga emprestada para poder copiar a letra de uma música?



6 – Quem nunca copiou versos de rima na agenda? E quem nunca colou fotos, guardanapos, ingressos de cinema, lembranças de aniversário etc?



7 – Bom, o celular nem sempre foi algo muito presente nas nossas vidas. Assim, era o jeito anotar o número de telefone dos amigos, dos familiares e dos boys na agenda...


8 – Outra coisa muito presente nas agendas era a lista de desejos para o ano seguinte. Sabe essa avaliação que a gente costuma postar no Facebook no último dia do ano? A gente fazia na agenda...


9 – A agenda era nossa amiga tão inseparável que, muitas vezes, nós a utilizávamos como substitutas dos cadernos. E dava nisto...




10 – Quem nunca criou um código para que ninguém (com exceção da sua melhor amiga) conseguisse ler os seus segredos?


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Viaje sozinha ao menos uma vez na vida

Viajar sozinha é um dos melhores presentes que alguém pode se dar na vida. É uma experiência que vai tirar você da zona de conforto e lhe convidar a um mergulho no autoconhecimento. Viaje sozinha, na sua própria companhia, fazendo seus horários e escolhas. Viaje sozinha e se permita conhecer outras pessoas e histórias. E, acredite, sempre vai ter alguém disposto a ajudar, a ouvir você ou a ser a sua melhor companhia por um dia.

Fonte da imagem: wanderlustmochileiras.com


Viaje sozinha e descubra que você não é a única solitária pelo mundo. Viaje sozinha e perceba que há semelhanças entre os diferentes e diferenças entre os semelhantes. Em cada parada, haverá um pouquinho do seu lugar, mas haverá também algo nunca presenciado por seus olhos. Viaje sozinha e teste os seus limites e a sua capacidade de “se virar“, de fugir de “furadas” e de se autoproteger.

Inicialmente, isso pode ser assustador. Há um medo natural em relação ao que se pode encontrar no caminho. Mas será uma vivência libertadora e de crescimento. Viajar sozinha é uma metáfora da vida. Chegamos sem companhia, aprendemos sobre o lugar e sobre os hábitos daquelas pessoas. Cultivamos amizades e até amores. Depois, é preciso partir. Vamos embora e levamos apenas as lembranças de tudo que vivemos ali.

Quando você viaja sozinha, você se abre aos outros, se permite conversar com estranhos e até aceitar a ajuda deles. Você passa a se conhecer melhor e a entender as suas limitações. Além disso, você define as regras da jornada. Você vai ficar em albergue ou em hotel? Vai fazer passeio por agência ou por conta própria? Vai acordar às 6h ou às 12h? Vai jantar num lugar bacana ou simplesmente não vai jantar?

Viaje sozinha e acumule as melhores histórias da sua vida. Viaje sozinha e colecione pessoas queridas em todas as partes do mundo. Viaje sozinha e reze para continuar viajando, desbravando e entendendo que ainda há muito a conhecer.



quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ela não quer ser mãe e não há problema nisso...

Maria, Gabriela, Joana, Elisa ou Patrícia. O nome pode ser um desses ou outro qualquer. Ela já chegou aos 30 e não tem a mínima vontade de ser mãe. O tal do instinto materno nunca despertou e nem vai despertar. Ela simplesmente não quer ter filhos. E foi uma questão de escolha. Não foi destino, não foi falta de oportunidade. Foi o exercício individual de ir contra a vontade da sociedade e a favor da sua própria.

Fonte da imagem: doutissima.com.br

Por que é tão difícil, num país tão democrático como o Brasil, as pessoas entenderem que uma mulher pode não ser mãe apenas por opção? Por que as pessoas importam-se tanto com o fato de alguém fazer essa escolha? Por que, cotidianamente, reproduzimos discursos estereotipados e preconceituosos sobre essa decisão?

Afinal, todo dia, lemos ou escutamos frases do tipo: “você só conhece o verdadeiro amor quando é mãe”, “quem não é mãe não é completa” ou “fulana não é feliz, pois não é mãe”. Por que a maternidade é algo tão romantizado na nossa sociedade? Por que crucificamos uma mãe que foi a público contar o quanto criar um filho é exaustivo?

Escolher não ser mãe nada tem a ver com ser traumatizada, mal-amada, não ter um companheiro ou não ter condições financeiras. Segundo dados do IBGE (de 2010), uma entre cada 10 mulheres não quer ter filhos. Já outro levantamento feito em 2014, também pelo IBGE, mostrou que quase 20% dos casais brasileiros não têm filhos. E essa decisão está muito ligada ao fato da mulher contemporânea ter outras formas de realização.


Portanto, se você optou por isso, não deixe que os discursos estereotipados cotidianamente calem a sua voz. Não se culpe por pensar diferente e tenha plena certeza de que o conceito de felicidade é relativo, cada um tem o seu. 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Trinta fatos sobre uma mulher de 30

1 – Não se assuste se ela trocar uma balada por uma noite a sós com o Netflix. É que ela agora sente prazer em ficar sozinha de vez em quando;

2 – Ela vai querer fazer algo novo: talvez aprender japonês, stand up paddle ou yoga...

3 – Ela vai se transformar quando estiver perto de uma criança. Sim, o instinto maternal começa a gritar, mesmo que conscientemente ela não queira ser mãe;

4 – Se ela levar um fora, ela vai chorar durante uma semana. Na semana seguinte, ela sabe que a vida segue. Não vai ser o primeiro e, talvez, não seja o último;

5 – Ela vai parar de mandar mensagem ou ligar quando perceber que só ela está indo atrás. O que não dá certo no início não mudará por causa de insistência;

6 – Ela vai pensar duas vezes antes de pedir batata frita. Afinal, o metabolismo dela já não é o mesmo;

7 – Ela vai procurar comidas orgânicas e tentar fugir das industrializadas. Mas abre uma exceção dependendo do convite...

8 – Falando em convite, não a convide para programas óbvios. Nessa fase, ela adora sair da rotina;

9 – Ela não suporta mais fila. Então, passar duas horas para pegar um brinde ou tirar foto com aquele artista famoso está fora de cogitação;

10 – Inclusive, ela se pergunta por qual motivo guarda tanta foto e autógrafo com gente famosa, mas que nem sabe da existência dela;

11 – As redes sociais deixaram de ser um diário aberto. Afinal, alguns fatos não precisam de publicidade;

12 – Pagar todas as contas e ter dinheiro no final do mês é algo prazeroso;

13 – Viajar continua sendo prioridade. O problema é que, quando ela tem dinheiro, não tem tempo. E, quando tem tempo, não tem dinheiro;

14 – Ela começa a cuidar dos pais. Agora, são eles que precisam dela;

15 – Ela aproveita o instinto maternal para criar algum animal de estimação. E, sim, ela o trata como um filho;

16 – Ela descobre que vizinho de bom gosto musical é melhor que vizinho gato;

17 – Ela não suporta mais assistir aos noticiários. É muita notícia ruim para um dia só;

18 – A agenda anual dela é baseada no calendário de pagamento dos impostos;

19 – Reencontrar amigos de longas datas é um dos melhores programas a se fazer nessa idade;

20 – Ela nunca foi convidada a tantos eventos sociais, a não ser quando tinha 15 anos;

21 – Ela descobre que cozinhar pode ser legal;

22 – Ela vai valorizar mais do que nunca os minutos de sono;

23 – Ela vai reclamar quando estiver trabalhando demais, mas também reclamará quando não estiver trabalhando. É difícil encontrar o equilíbrio que ela procura;

24 – Nesta fase, ela sente que precisa fazer algo de bom pelo mundo: montar uma ONG, ajudar os doentes ou compartilhar o que sabe, mas tudo isso bem longe de partidos políticos;

25 –  Ela ainda gosta de sair, mas – de preferência – para um lugar que tenha onde sentar;
   
26 – E ela não vai mais se matar indo de salto alto para uma festa demorada;

27 – Ela vai descobrir que tem afinidades com pessoas que ela não imaginava ter e que não tem mais nenhuma com pessoas que estiveram por perto durante muito tempo;

28 – Ela consegue ver coisas positivas na maioria dos antigos relacionamentos;

29 – Mas questiona-se como gostou tanto de algumas pessoas...

30 – Ela não sabe se essa lista serve para todo mundo, mas deve servir para alguém...


domingo, 12 de junho de 2016

Sobre namorar...

Fonte da imagem: kbooking.com.br


Namorar é muito mais do que narram as canções de amor. Namorar faz-se no cotidiano, nos pequenos gestos diários de se querer bem e de escolher o outro, como parceiro de vida e para a vida. Namorar é prestar atenção nos mínimos detalhes que remetem ao outro, é saber que o sabor preferido de suco dela é o de uva ou que ele não gosta de comida quente. Namorar é não ter vergonha dos seus defeitos, é aparecer de surpresa na casa da namorada numa terça à noite só porque deu saudade, é mandar mensagem só para lembrá-la do quanto o sorriso dela faz bem para você.

Namorar é receber o namorado em casa, mesmo você estando toda descabelada e sem maquiagem. É perder o embaraço de não ser você. É querer compartilhar com ele todos os detalhes que compõem o seu universo, desde a música que marcou a sua adolescência até os seus mais amados seriados do Netflix. Namorar é andar de mãos dadas no shopping, é sair juntos sem destino, é pedir ao outro para lhe acompanhar no salão - só para saber o que ele vai achar do seu corte de cabelo.

Namorar é ver beleza tanto em ficar em casa conversando besteira quanto em ir para o melhor restaurante da cidade. Namorar é perceber que, quando ela escreve “humm” ou ele “depois falo com você”, há algo errado. Namorar é reconhecer o tom de voz dela quando está preocupada, é conhecer os trejeitos dele quando ele não quer conversar. 

Namorar faz-se nas gentilezas da vida prática. É atravessar a cidade, num congestionamento absurdo, só para dar carona ao outro. É pegar três ônibus para chegar a casa dele. É levá-la para uma entrevista de emprego e esperá-la até a entrevista acabar. É ter essa pessoa como a primeira que vem à mente quando se quer contar algo. Namorar é fazer planos, mesmo sem ter certezas. É querer viajar juntos. É querer realizar juntos.

Namorar é dividir, é somar, é ser diferente, é tornar-se parecido. É aprender com o outro. E ensiná-lo também. Namorar é maravilhoso, desde que os dois estejam na mesma sintonia. Namorar é ter alguém que entenda quem você é. Namorar é ter encontrado alguém que escolhe você todos os dias.

Uma homenagem do “De repente, quase 30” a todos os namorados do Brasil!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Ser feliz: essa é a sua única obrigação!

Depois que a gente passa dos 30, a gente vê a vida de forma mais prática. Talvez pela falta de tempo que temos para "perder tempo" com o que não agrega, com o que não contribui, com o que não vem para somar. E descobrimos o quanto é fantástico realizar os desejos de uma pessoa que muitas vezes nós deixamos em segundo plano: nós mesmas! 

Existe um abismo substancial entre a garota cheia de sonhos e incertezas que deixamos aos 20 anos e  a mulher exigente que nos tornamos aos 30. E há vivências ocorridas nesse meio termo que não permitem voltarmos atrás, não permitem que sejamos mais as mesmas. Algumas características daquela garota de 20, de fato, nós gostaríamos de não ter perdido no meio do caminho. Mas, no balanço final, evoluímos - principalmente ao descobrirmos quem realmente somos. 



Muitos dos sonhos que tínhamos aos 20 não fazem mais tanto sentido aos 30, até porque boa parte deles foi imposta socialmente para nós. Com o tempo, percebemos que nossa única obrigação é com nós mesmas. Não precisamos realizar os sonhos que alguém idealizou para nós. Não precisamos de ninguém para fazer escolhas por nós. Não precisamos provar para os outros que realizamos o que a sociedade impôs. 

E, muitas vezes, quando realizamos tudo o que esperam da gente, ainda não nos sentimos plenas. Isso acontece justamente porque menosprezamos nossos sentimentos. Deixamos os outros decidirem o que é melhor para nós. Errando ou acertando, há uma sensação de libertação maravilhosa quando tomamos as rédeas do nosso destino.

Tomar as rédeas da nossa vida começa no dia a dia, em pequenas atitudes cotidianas, como escolher para onde queremos ir num sábado à noite e não apenas dizendo "sim" ou "não" para a proposta do outro. Tomar as rédeas do próprio destino é escolher um vestido azul, mesmo essa cor não sendo indicada na cartela de cores do verão. Na prática, é escolha de fato, desde o momento que se pressupõe a algo. E não escolha entre as opções predefinidas por alguém. É criar suas próprias possibilidades e fugir pela tangente. 

Afinal, nossa única obrigação aqui é ser feliz! Não tenha medo de não ser o que os outros planejaram para você. Não tenha medo de ter mudado de sonhos na metade do caminho. Tenha medo de viver pela metade, de perder tempo com bobagens e deixar a vida passar pela janela. Tenha medo de não viver tudo o que você merece neste mundo!

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Crise dos 30: terapia ajuda?

Para alguns, a crise dos 30 anos não passa de um complexo de quem “não tem coisa mais relevante para se preocupar”. Mas, para muita gente, esse período da vida leva a questionamentos e a muitas cobranças. Assim, é preciso estar preparado para saber lidar com as situações que se apresentam.

A minha crise dos 30 começou bem antes disso. Aos 27 anos, workaholic assumida e morando em outro estado, perdi o meu emprego. Algo ao qual eu dedicava, praticamente, 90% do meu tempo. Entender uma mudança tão drástica na minha vida foi um processo lento e gradual e me exigiu buscar ajuda na terapia.



Somado a esse cenário de ruptura, de perda de algo que eu amava, estava também o fato da proximidade dos 30 anos e o pouco que eu havia construído até então, de acordo com os padrões que eu considerava precisar seguir. Para mim, a terapia foi um processo de reencontro comigo, com a forma como eu enxergava o mundo e porque eu o enxergava daquela forma.

Fiz terapia por um ano e meio (mais ou menos) e tive o acompanhamento de dois profissionais de áreas diferentes (um comportamentalista e um psicanalista). Independente da teoria a qual o profissional segue, considero a terapia importante em todas as fases da vida. Ninguém vai responder os seus questionamentos, mas alguém vai ajudá-lo a pensar saídas e maneiras de melhor se reconhecer.


Muitas pessoas evitam procurar um psicólogo por acreditarem que terapia é “coisa para louco” ou para “os fracos”. Isso é bobagem. A terapia é importante até para quem, aparentemente, não tem traumas. E, para quem passou ou está passando por essa crise dos 30, creio que procurar um psicólogo pode ajudar bastante.