Para alguns, a
crise dos 30 anos não passa de um complexo de quem “não tem coisa mais
relevante para se preocupar”. Mas, para muita gente, esse período da vida leva
a questionamentos e a muitas cobranças. Assim, é preciso estar preparado para
saber lidar com as situações que se apresentam.
A minha crise
dos 30 começou bem antes disso. Aos 27 anos, workaholic assumida e morando em
outro estado, perdi o meu emprego. Algo ao qual eu dedicava, praticamente, 90%
do meu tempo. Entender uma mudança tão drástica na minha vida foi um processo
lento e gradual e me exigiu buscar ajuda na terapia.
Somado a esse
cenário de ruptura, de perda de algo que eu amava, estava também o fato da
proximidade dos 30 anos e o pouco que eu havia construído até então, de acordo
com os padrões que eu considerava precisar seguir. Para mim, a terapia foi um
processo de reencontro comigo, com a forma como eu enxergava o mundo e porque
eu o enxergava daquela forma.
Fiz terapia
por um ano e meio (mais ou menos) e tive o acompanhamento de dois profissionais
de áreas diferentes (um comportamentalista e um psicanalista). Independente da
teoria a qual o profissional segue, considero a terapia importante em todas as
fases da vida. Ninguém vai responder os seus questionamentos, mas alguém vai
ajudá-lo a pensar saídas e maneiras de melhor se reconhecer.
Muitas pessoas
evitam procurar um psicólogo por acreditarem que terapia é “coisa para louco”
ou para “os fracos”. Isso é bobagem. A terapia é importante até para quem, aparentemente,
não tem traumas. E, para quem passou ou está passando por essa crise dos 30,
creio que procurar um psicólogo pode ajudar bastante.
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