Maria,
Gabriela, Joana, Elisa ou Patrícia. O nome pode ser um desses ou outro
qualquer. Ela já chegou aos 30 e não tem a mínima vontade de ser mãe. O tal do
instinto materno nunca despertou e nem vai despertar. Ela simplesmente não quer
ter filhos. E foi uma questão de escolha. Não foi destino, não foi falta de
oportunidade. Foi o exercício individual de ir contra a vontade da sociedade e
a favor da sua própria.
Fonte da imagem: doutissima.com.br
Por que é tão
difícil, num país tão democrático como o Brasil, as pessoas entenderem que uma
mulher pode não ser mãe apenas por opção? Por que as pessoas importam-se tanto
com o fato de alguém fazer essa escolha? Por que, cotidianamente, reproduzimos
discursos estereotipados e preconceituosos sobre essa decisão?
Afinal, todo
dia, lemos ou escutamos frases do tipo: “você só conhece o verdadeiro amor
quando é mãe”, “quem não é mãe não é completa” ou “fulana não é feliz, pois não
é mãe”. Por que a maternidade é algo tão romantizado na nossa sociedade? Por
que crucificamos uma mãe que foi a público contar o quanto criar um filho é
exaustivo?
Escolher não ser
mãe nada tem a ver com ser traumatizada, mal-amada, não ter um companheiro ou
não ter condições financeiras. Segundo dados do IBGE (de 2010), uma entre cada
10 mulheres não quer ter filhos. Já outro levantamento feito em 2014, também
pelo IBGE, mostrou que quase 20% dos casais brasileiros não têm filhos. E essa
decisão está muito ligada ao fato da mulher contemporânea ter outras formas de
realização.
Portanto, se
você optou por isso, não deixe que os discursos estereotipados cotidianamente
calem a sua voz. Não se culpe por pensar diferente e tenha plena certeza de que
o conceito de felicidade é relativo, cada um tem o seu.
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