sexta-feira, 27 de maio de 2016

Sobre a cultura do estupro: sim, dói na alma!

Desde ontem, sinto um certo desconforto ao lembrar de uma notícia que "bombou" nas redes sociais sobre um estupro coletivo na periferia do Rio de Janeiro. Uma adolescente, de 16 anos, foi estuprada por mais de 30 homens (ou seriam animais?).

Fiquei, por algum tempo, questionando-me se deveria postar algo a respeito. A verdade é que não consigo me omitir diante de tamanha barbaridade e falta de empatia, não só dos 30 estupradores, mas dos milhares que reproduziram o vídeo da violência sexual e conseguiram se excitar ao ver tais cenas.



Como a própria vítima sintetizou, é algo que "dói na alma". Dói na alma ver uma menina sendo estuprada, dói na alma ver homens compartilhando isso, dói na alma ver pessoas a julgando por ter envolvimento com drogas (algo que para muitos legitima o fato dela ter sido violentada). Dói na alma vivermos numa sociedade em que somos vistas como objeto.

A cada 11 minutos, uma pessoa é estuprada no Brasil, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Só em 2014, foram ao menos 47.646 casos. Mas esse número pode ser bem maior. Segundo a organização National Crime Victimization Survey, apenas 35% das vítimas registram ocorrência. Afinal, tudo o que elas querem é esquecer as lembranças de algo tão doloroso.

Além de punir os culpados e discutir a omissão da grande mídia nesse caso, devemos refletir sobre a cultura do estupro instaurada no Brasil. Devemos lutar para que as mulheres sejam vistas como seres humanos e não como objetos. Devemos discutir o fato de que 26% dos homens acreditam que uma mulher que veste roupas curtas merece ser acatada (dados do IPEA). Precisamos conversar sobre os valores que estamos repassando para as outras gerações. E não falo apenas sobre os homens. Falo também sobre as mulheres. Muitas mulheres reproduzem esse discurso e ajudam na perpetuação do machismo no País.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

De repente, 30!

Enfim, a roda girou para mim. O tempo passou, e os 30 chegaram. No dia seguinte ao meu aniversário, ao invés de sentir o peso da idade, senti-me mais leve, com a sensação de que continuo com a possibilidade de fazer as minhas escolhas e viver a vida do jeito que eu desejo.

Na verdade, parece que você passa a dar às coisas os valores que elas realmente têm e acreditar que, a cada dia, temos a possibilidade de escrever uma nova página da nossa história. É assim que me sinto aos 30 anos: feliz pelas escolhas que me fizeram chegar até aqui, apesar dos erros cometidos no caminho. Afinal, errar é fundamental num processo de aprendizagem e amadurecimento.

Nos últimos meses, tentei deixar para trás alguns fardos, ressentimentos e culpas, pois são sentimentos que nos tornam pessoas mais “pesadas” e nos deixam mais distantes da felicidade. Prender-se no “quase” e no “por que não” é uma armadilha perigosa, que pode nos levar muito do nosso valioso tempo. Então, é bom deixar de lado o amor que “quase” durou para sempre, o amigo que “quase” não fala mais com você, a sonhada vaga de emprego que “quase” foi sua.


O quase pode até ser a vida que a gente sonhou, mas não é a que a gente tem. Saber valorizar o que se tem, por mais simples que seja, é a chave para dias melhores. Estou tentando fazer isso, valorizando os meus dias, as minhas leituras, o meu contato com vocês através do blog, os dias em casa com os meus pais etc. Enfim, seja bem-vinda, década dos 30! Estou pronta para você!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Encerrando o ciclo dos 20 e poucos anos

Já escrevi inúmeras vezes sobre a sensação que tenho de que a última década passou voando. E, se não temos tanto controle sobre o tempo, temos mais que a obrigação de saber usá-lo da melhor forma possível. Este ciclo que se encerra foi muito importante, de muitas descobertas e aprendizados. Com certeza, deixará saudades.

Se eu tivesse que dar um conselho para você que está completando 20, eu diria para curtir bastante a faculdade, participar de movimento estudantil, praticamente morar na universidade, viajar para os congressos e aproveitar ao máximo essa fase da vida, na qual a maior preocupação é passar em todas as disciplinas ao final do semestre.

Acredito que essa é uma fase para experimentar. Então, eu indicaria estagiar no máximo de lugares possíveis. Afinal, cada oportunidade é um novo aprendizado. Eu diria também para você não reclamar muito por ter que andar de ônibus, pois - no “busão” – você tem a possibilidade de conhecer pessoas especiais. E algumas vão permanecer. Além disso, quando você tiver carro, continuará reclamando do trânsito e achará tudo mais distante do que na época em que não tinha carro.

Gaste dinheiro com viagens, inclusive assim que você se formar e não tiver com o que gastar. Viaje, viaje, viaje! Tenha histórias para contar. 
(Sobre as fotos: fiz questão de colocar nesta postagem fotos que ilustram alguns momentos relatados no texto. Eu estressada dirigindo, uma viagem maravilhosa para o Chile e as caixas da minha mudança quando fui morar em Salvador/BA). 








Se possível, more sozinha (como coloquei nesta postagem http://avidaantesdos30.blogspot.com.br/2016/01/se-possivel-more-sozinha-antes-dos-30.html ). É importante essa descoberta de você mesma e das responsabilidades de se assumir uma casa. Ah, e não pare um final de semana em casa! Saia para casa de amigos, para casa de praia, para festas! Vire a noite! Esse pique não dura para sempre e vai chegar uma fase em que você aceitará, no máximo, sair para jantar!





Aceite os amores que aparecerão no caminho. E não se culpe se não souber distinguir paixão de amor, atração de paixão. Isso a gente aprende com o tempo. Você vai chorar a cada frustração amorosa. Cada vez, vai doer menos, até você perceber que sempre vai passar. E que novos amores virão. Por fim, aproveite tudo com a intensidade dos 20 e poucos. Eles passam voando. Quando menos se der conta, você estará completando 30 e com o dobro de responsabilidades! 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Das coisas que eu quero realizar nos próximos 10 anos

A minha maior paixão é viajar. Acredito que viajar nos permite conhecer outros mundos, outras realidades e nos faz respeitar e compreender melhor o diferente. Quem viaja acumula conhecimento, riquezas e sempre vai ter história para contar.

Assim, o meu maior desejo para os próximos anos (depois de ter saúde) é ter dinheiro e tempo para viajar, para sair explorando o mundo, conhecendo pessoas e catalogando histórias. Desejo fazer o roteiro do “Comer, rezar e amar”, ou seja: conhecer a Indonésia, a Itália e a Índia. Mas eu trocaria a Índia por Cuba, pois me parece ser uma experiência mais interessante.

Fonte da imagem: recreio.uol.com.br


Quero, também, fazer aquele roteiro clássico da Europa, dando ênfase – principalmente – para a França. Se eu só pudesse escolher um lugar no mundo para conhecer antes de morrer, este lugar seria a França. Ainda, na Europa, gostaria de levar a minha mãe para conhecer Fátima em Portugal – um grande sonho da vida dela. Por fim, quero levar a minha família toda para a Disney (soa um pouco capitalista, mas quero viver isso).


Saindo do campo das viagens, mas não distante do campo das experiências, anseio fazer um curso de meditação e ter um controle melhor sobre as minhas emoções. Pretendo, ainda, publicar meus livros e me tornar palestrante. E você? O que pretende viver nos próximos 10 anos?

domingo, 15 de maio de 2016

De repente quase 30 e o que eu quero de agora em diante

Os passos estão mais leves, mais lentos, mas continuo seguindo em frente. O tempo passa de maneira frenética e os 30 já são uma realidade iminente. Durante os últimos cinco meses, refleti bastante sobre as escolhas que me fizeram chegar até aqui. Lembrei-me de pessoas e momentos que me marcaram e que marcaram a minha personalidade.



O fato é que, agora, é preciso pensar no futuro, no que vou fazer após os 30 – essa barreira prestes a ser rompida. São muitos sonhos e a certeza de que é preciso foco para aproveitar ao máximo possível os próximos anos.

Ainda é presente a lembrança dos meus 20 anos e aquela sensação de que eu ainda tinha o mundo inteiro de possibilidades pela frente. Posso afirmar, sem medo, que foi na última década que desbravei lugares, conheci pessoas e amadureci. Foi a década mais pesada até aqui, mas foi também a mais prazerosa. Viajei para lugares inexplorados, conheci pessoas, acumulei lembranças. Venci medos e me vi mestre em atividades que eu jamais imaginava ser capaz de realizar.


Para a próxima década, quero continuar sonhando, pois são os sonhos que nos mantêm vivos. Mas quero valorizar também o que tenho. Afinal, muitas vezes nos prendemos tanto no que queremos realizar, que nos esquecemos de agradecer pelo que já conquistamos. Quero continuar viajando e descobrindo novos lugares e novas culturas. E quero aproveitar cada segundo ao lado das pessoas que amo.