Há alguns anos, eu estava prestes a completar 30 anos e o mundo não fazia mais tanto sentido para mim. As peças do meu quebra-cabeça outrora perfeito não se encaixavam mais...
O turbilhão de virar a casa dos 30 mexia comigo. Muitos sonhos idealizados não tinham se concretizado e havia um abismo entre a projeção e a realidade. Entender-me levou tempo. Hoje, olho com serenidade para o redemoinho que bagunçou a minha vida e mudou muito em mim e no meu mundo.
Hoje, alguns anos depois, consigo entender que é normal passar por isso nessa fase da vida. Alguma grande ruptura acontece na gente ou com a gente. No entanto, são perdas que nos fortalecem, se conseguimos olhar com franqueza para o que somos.
Ter 30 e poucos me fez mais forte, mais mulher, mais serena, mais plena e mais grata. Como sou feliz por ter chegado até aqui! Como sou feliz por cada oportunidade e por cada aprendizado. Amadurecer não significa que estaremos livres dos erros, mas - sim - que já sabemos lidar com eles.
Amadurecer significa mudar o olhar, focar nos ganhos e não nas perdas. E viver? Viver é se jogar a cada dia que chega com a certeza de que ainda há muito a ser vivido e não podemos desperdiçar nenhum segundo sequer...
Dizem que escrever é desnudar-se, é abrir seu universo ao julgamento do outro...Assim, fazendo esse exercício de deixar a timidez de lado, publico textos que refletem as minhas percepções sobre a chegada dos 30 anos e o reflexo dessa mudança no meu olhar sobre o mundo... Entre e fique à vontade! Contatos: lidianesp@gmail.com
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
A leveza em deixar ir...
O despertador tocou. Levantei-me e me olhei no espelho. Algumas olheiras lembrando a dor da noite passada. Meio sem forças, andei pelo quarto tentando me livrar dos pensamentos que não queriam me deixar. Ele se foi. Simplesmente se foi. Sem brigas, sem discussões.
Ele resolveu partir e não me deu opção. Ele dizia que nos tornamos eternamente responsáveis pelo que cativamos, parafraseando Exupéry, mas ele simplesmente fechou a porta e partiu.
E as nossas viagens? E aquele quarto de hotel que nunca foi nosso? E aquela passagem cancelada? E o almoço naquele restaurante que eu não poderia olhar as fotos na internet porque ele me levaria lá algum dia? E as músicas que não posso mais ouvir, pois eram o nosso "bom dia diário"?
Olhei-me novamente no espelho. O celular estava na não. O aplicativo de mensagens teimava em me mostrar o rosto dele nas últimas conversas. Provavelmente, seria a última vez em que ele estaria nas últimas conversas. Pensei em mandar um "bom dia. Você acordou do surto?". Desisti. Eu o havia deixado ir. Não tinha pedido para ele ficar.
Há alguns anos, decidi não insistir em ninguém. Aprendi a enxergar além do espelho. Aprendi a ver a mulher que sou. Então, se alguém resolve partir, é porque não conseguiu enxergar o que melhor eu tinha para dar.
Pode ir, vá ser feliz. Por aqui, eu fico em paz. Só não se arrependa. Talvez, amanhã, não haja mais motivos para eu abrir a porta e deixar você voltar.
Ele resolveu partir e não me deu opção. Ele dizia que nos tornamos eternamente responsáveis pelo que cativamos, parafraseando Exupéry, mas ele simplesmente fechou a porta e partiu.
E as nossas viagens? E aquele quarto de hotel que nunca foi nosso? E aquela passagem cancelada? E o almoço naquele restaurante que eu não poderia olhar as fotos na internet porque ele me levaria lá algum dia? E as músicas que não posso mais ouvir, pois eram o nosso "bom dia diário"?
Olhei-me novamente no espelho. O celular estava na não. O aplicativo de mensagens teimava em me mostrar o rosto dele nas últimas conversas. Provavelmente, seria a última vez em que ele estaria nas últimas conversas. Pensei em mandar um "bom dia. Você acordou do surto?". Desisti. Eu o havia deixado ir. Não tinha pedido para ele ficar.
Há alguns anos, decidi não insistir em ninguém. Aprendi a enxergar além do espelho. Aprendi a ver a mulher que sou. Então, se alguém resolve partir, é porque não conseguiu enxergar o que melhor eu tinha para dar.
Pode ir, vá ser feliz. Por aqui, eu fico em paz. Só não se arrependa. Talvez, amanhã, não haja mais motivos para eu abrir a porta e deixar você voltar.
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Se eu pudesse te dar um conselho...
Se eu pudesse te dar um conselho, eu diria apenas para viver. Não falo em deixar os dias passarem, mas em viver mesmo, em aproveitar o máximo possível todos os dias. Se eu pudesse te dar um conselho, menina, diria para seguir teu coração sempre que o medo tentasse controlar as tuas escolhas.
Eu te diria para arriscar, para se jogar, para buscar os teus sonhos, mesmo sabendo que poderás tropeçar em frustrações. Eu te diria para respirar lentamente, quando a ansiedade quiser ser mais forte. Eu te diria para lembrar o quanto já caminhaste para chegar até aqui. E para não perder de vista que foram as tuas escolhas (certas e erradas) que te constituíram no que tu és hoje.
Se eu pudesse te dar um conselho, eu te diria que a verdade que importa é a do teu coração, do que tu sentes e do que acreditas. Eu te diria para não deixar os outros podarem teus sonhos, amargarem a tua ilusão. Eu te diria que tua alma é fortaleza, basta que acredites no teu poder.
Se eu pudesse te dar um conselho, eu te diria: viva, sonhe e faça. Eu te diria recomece sempre que necessário. Recomeçar faz parte dos aprendizados. Ficar na mesma e ver a vida passar é que não vai agregar em nada!
Fonte da imagem: essemundoenosso.com.br
Eu te diria para arriscar, para se jogar, para buscar os teus sonhos, mesmo sabendo que poderás tropeçar em frustrações. Eu te diria para respirar lentamente, quando a ansiedade quiser ser mais forte. Eu te diria para lembrar o quanto já caminhaste para chegar até aqui. E para não perder de vista que foram as tuas escolhas (certas e erradas) que te constituíram no que tu és hoje.
Se eu pudesse te dar um conselho, eu te diria que a verdade que importa é a do teu coração, do que tu sentes e do que acreditas. Eu te diria para não deixar os outros podarem teus sonhos, amargarem a tua ilusão. Eu te diria que tua alma é fortaleza, basta que acredites no teu poder.
Se eu pudesse te dar um conselho, eu te diria: viva, sonhe e faça. Eu te diria recomece sempre que necessário. Recomeçar faz parte dos aprendizados. Ficar na mesma e ver a vida passar é que não vai agregar em nada!
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terça-feira, 17 de abril de 2018
Sobre as voltas que a vida dá...
Fonte da imagem: viagem.abril
Não aconteceu
apenas com você. Uma hora ou outra, a vida dá uma reviravolta, tira coisas que
amamos e nos dá outras para aprendermos a amar. Faz parte do processo de
aprendizagem, faz parte dessa montanha-russa que se chama vida. Viver é correr
riscos sem saber as cenas dos próximos capítulos, por mais que tenhamos a mania
de querer controlar tudo a nossa volta.
Sinto informá-lo, mas – infelizmente – esse controle não pertence a você, nem a mim,
nem a ninguém. É preciso saber lidar com os imprevistos e com as não gratas
surpresas do caminho. Entender que você não tem o controle de tudo ajuda a
encarar a realidade e a se reinventar.
Reinvente-se,
aprenda algo novo sempre que necessário. Aprenda algo com o novo. Não se limite
e não se coloque no lugar de vítima. Simplesmente viva, agradeça e aprenda. As
dores sempre farão parte da caminhada. Em algum momento, as perdas baterão à
sua porta: é um emprego que se perde, um amor que vai embora, uma doença
inesperada ou a partida de alguém que amamos.
Ninguém está
imune ao sofrimento. Ele é inerente à condição humana. No entanto, algumas pessoas
aprendem mais facilmente a encará-lo, de frente, deixando o medo de lado e se
tornando mais forte. Toda dificuldade muda o nosso olhar sobre o mundo, muda a
nossa essência e nos faz melhor. Toda dificuldade pode tornar-se apenas um detalhe
quando se olha para dentro e se escolhe crescer.
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