Eu quase não percebi. Mas, de repente, passaram-se quase
30. Não sei como eu deixei passar tão
rápido, não sei como eu deixei passar dessa forma. O fato é que faltam poucos
meses para eu virar a casa dos tão temidos “30 anos”. E o que isso significa?
Depende da sua cabeça. Na minha, é um misto de orgulho por tudo que eu já
conquistei, frustração pelas coisas que não saíram exatamente como eu projetei
e desespero por tudo que eu ainda preciso realizar nessa vida.
Fazer o exercício de olhar para trás e se enxergar há alguns
anos é algo curioso, gratificante e revelador. É um sentimento de nostalgia e,
ao mesmo tempo, é uma releitura de tudo que você viveu. O tempo nos ajuda a
entender a real proporção das coisas e nos mostra o quanto éramos tolos
preocupando-nos com tão pouco.
Quanto mais o tempo passa, mais você percebe que as coisas
que te tiravam do sério antigamente eram bastante superficiais versus os
problemas que vão aparecendo com a idade. Tenho consciência, por exemplo, que
daqui a alguns anos vou perceber certa ingenuidade nesse texto, mas só consigo
escrever a partir do lugar que me encontro e do momento que vivo. Assim, a
minha maturidade é compatível com o que sou agora.
Sinto que, nesses anos, deixei escapar alguns sonhos. Creio
que você, caro leitor, também. Dizem os mais velhos, ou quem descobriu isso
antes de mim, que nunca é tarde para reaprender a viver, para realizar algo que
é sincero e latente no seu coração. Sendo assim, crio esse espaço para ser um
espaço de reflexão, de desabafos, de histórias e de sonhos.
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