Ela fez o que
ninguém jamais imaginou que ela faria. Ela subverteu a lógica e se jogou para o
novo, para o desconhecido. Ela já tinha uma vida encaminhada, transcorrendo
lentamente como o ritmo do relógio: religiosamente igual. Mas ela não gosta de
rotina e esse ritmo percorrido por tantos anos a aprisionava.
Abrir mão do
que significa “vida ideal” para tantos não é tarefa fácil. Mas ela precisava
viver, precisava se realizar. E ela buscou isso das mais variadas formas. Por
coincidência ou não, isso aconteceu perto dos 30, perto da idade em que os
valores mudam, a idade em que você deixa de se importar com os outros e passa a
se importar mais com você.
Ela abriu mão
do emprego público, do casamento infeliz, da vida perfeita “do comercial de
margarina”. Ela voltou a estudar, ela começou a fazer aulas de dança, ela foi
ser missionária na África. Ela montou o próprio negócio. Ela foi escrever a
própria história com as cores que ela escolheu para a vida dela.
Afinal, ela
descobriu que a vida passa rápido demais. Afinal, ela descobriu que está aqui
para ser feliz e não apenas para fazer o que os outros determinam. Ela já sabe
que é preciso aproveitar cada momento, é preciso viver e saber aceitar cada
vitória e cada derrota. Ela teve coragem de encarar, pela primeira vez, a vida
de frente! E viu o quanto isso era prazeroso e libertador.
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