Fonte da imagem: www.tecnisa.com.br
Talvez você
seja uma pessoa que morou na casa dos pais a vida inteira. Ou você pode ser
como eu, que morou um tempo sozinha. Tanto no primeiro quanto no segundo caso juntar
“as escovas de dentes” é uma escolha difícil e exige muita paciência.
Primeiro porque você realmente só conhece uma pessoa quando passa a conviver bastante
com ela. E o bastante significa, na maioria das vezes, viajar juntos ou dividir
algum tipo de responsabilidade. Viajar para casa de praia dos pais ou de amigos
não conta. Quando falo em viajar, faço referência a estar num lugar que não é
familiar para nenhum dos dois e que vocês terão que decidir tudo juntos, inclusive
se aturar 24 horas por dia.
Segundo porque – romantismos à parte – ninguém é perfeito. Todo mundo tem suas manias
chatas, inclusive você. Além disso, somos indivíduos diferentes, com gostos e
influências pessoais divergentes. Nesse caso, para as coisas darem certo – as duas
pessoas terão que ceder. Caso contrário, sua vida a dois parecerá um cabo de
força. Um dia, um puxa para o lado, no outro, é o outro quem puxa.
Terceiro porque – mesmo sendo mágica por alguns aspectos – a convivência pode ser
traiçoeira por outro. Apesar de ter a pessoa que você ama dividindo o mesmo
teto que você, é preciso sempre cultivar a relação, dar a atenção que o outro
necessita e apimentar a relação. Muita gente acaba caindo na armadilha de ser
apenas companheiro de casa. Considerar o outro uma boa companhia não significa
necessariamente estar numa relação de verdade. No entanto, uma relação de
verdade é repleta de momentos compartilhados.
A convivência
presenteia-nos com muitas coisas, como ter companhia para assistir TV de
madrugada, deitada no sofá e conversando besteira. Mas, por outro lado, ela
tira muito da nossa individualidade. Nem sempre a casa ficará do jeito que você
gostaria e, às vezes, você se sentirá sufocada. No entanto, é uma experiência
bastante enriquecedora. E, quando você gosta, você vai se adaptando, vai
aprendendo a conviver e a respeitar o espaço do outro.
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