segunda-feira, 4 de abril de 2016

De repente, quase 30: vida a dois?!


Fonte da imagem: www.tecnisa.com.br




Talvez você seja uma pessoa que morou na casa dos pais a vida inteira. Ou você pode ser como eu, que morou um tempo sozinha. Tanto no primeiro quanto no segundo caso juntar “as escovas de dentes” é uma escolha difícil e exige muita paciência.

Primeiro porque você realmente só conhece uma pessoa quando passa a conviver bastante com ela. E o bastante significa, na maioria das vezes, viajar juntos ou dividir algum tipo de responsabilidade. Viajar para casa de praia dos pais ou de amigos não conta. Quando falo em viajar, faço referência a estar num lugar que não é familiar para nenhum dos dois e que vocês terão que decidir tudo juntos, inclusive se aturar 24 horas por dia.

Segundo porque – romantismos à parte – ninguém é perfeito. Todo mundo tem suas manias chatas, inclusive você. Além disso, somos indivíduos diferentes, com gostos e influências pessoais divergentes. Nesse caso, para as coisas darem certo – as duas pessoas terão que ceder. Caso contrário, sua vida a dois parecerá um cabo de força. Um dia, um puxa para o lado, no outro, é o outro quem puxa.

Terceiro porque – mesmo sendo mágica por alguns aspectos – a convivência pode ser traiçoeira por outro. Apesar de ter a pessoa que você ama dividindo o mesmo teto que você, é preciso sempre cultivar a relação, dar a atenção que o outro necessita e apimentar a relação. Muita gente acaba caindo na armadilha de ser apenas companheiro de casa. Considerar o outro uma boa companhia não significa necessariamente estar numa relação de verdade. No entanto, uma relação de verdade é repleta de momentos compartilhados.

A convivência presenteia-nos com muitas coisas, como ter companhia para assistir TV de madrugada, deitada no sofá e conversando besteira. Mas, por outro lado, ela tira muito da nossa individualidade. Nem sempre a casa ficará do jeito que você gostaria e, às vezes, você se sentirá sufocada. No entanto, é uma experiência bastante enriquecedora. E, quando você gosta, você vai se adaptando, vai aprendendo a conviver e a respeitar o espaço do outro.


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