sábado, 13 de agosto de 2016

Aos 30, aprendi a valorizar a amizade do meu pai

Meu pai tinha quase 30 anos quando nasci. Não fui a primeira filha, mas creio que - de certa forma - a minha chegada mudou algumas prioridades dele e trouxe mais responsabilidades. Às vezes, pergunto-me quais eram as incertezas e as dúvidas que passavam pela cabeça do meu pai aos quase 30. Afinal, para mim, ele sempre foi tão seguro e ciente do que faz.



É engraçado como nosso olhar de filho minimiza as limitações humanas de um pai. Para nós, ele sempre conseguirá nos defender. Para nós, ele não tem medo. Para nós, ele é uma espécie de super-herói da vida real. E isso o torna, de alguma maneira, imortal.

Confesso que a minha relação com o meu pai mudou nos últimos anos. Apesar da boa convivência de sempre, eu não partilhava muito da minha vida com ele. E, talvez, não me interessava muito pela dele. O fato é que recentemente voltei-me mais para aquele homem que me protege incondicionalmente, que sempre esteve ali no cantinho torcendo por mim e que, nas pequenas atitudes, sempre mostrou o quanto me ama.

E eu descobri nele um parceiro, um amigo, um porto seguro. E tenho aprendido bastante com os ensinamentos despretensiosos dele sobre fé, desprendimento, simplicidade e leveza... Eu, pós-graduada - sou leiga diante da sabedoria do meu pai. 

Neste Dia dos Pais, meu sentimento é de gratidão por tê-lo na minha vida e pelos dias compartilhados. Desejo não só um feliz dia, mas ótimos dias ao meu, ao seu e a  todos que são efetivamente pai.

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