Fonte da imagem: grenme.com
Quando
adolescentes, somos movidos por sonhos, que vão desde a idealização de qual
tipo de adultos seremos à profissão que queremos seguir. E, nessa época da
vida, não colocamos objeções para a realização do que almejamos. Se um adolescente
quer trabalhar na NASA, ele realmente acredita que conseguirá trabalhar lá. Ele
não pondera a dificuldade de morar no exterior, o quanto vai gastar na
preparação nem o nível dos candidatos que ele enfrentará por uma vaga.
Assim, ele crê
realmente que chegará ao lugar que idealizou. Com o passar dos anos, nossos
objetivos mudam e transformamos nossos sonhos em ambições mais concretas, o que
é importante para o nosso desenvolvimento e nossa satisfação. No entanto, alguns
racionalizam tanto os desejos, que se esquecem de sonhar. E sonhar precisa fazer
parte de todas as etapas da nossa vida, mesmo que em proporções diferentes.
A fase dos 20
e poucos é desafiadora para qualquer um de nós. Considero como uma transição
entre a época de sonhos para a de realidades. Assim, apesar de ser um período
de muitas descobertas, é também de muitas frustrações. É a fase de materializar
desejos e conhecermos o adulto que nos tornamos.
Quase não
observamos o passar dos dez anos que separam a nossa versão de vinte da nossa
versão de trinta. Nossa vida é uma correria. É uma fase de provar, de aprender,
de experimentar. Corremos, corremos, corremos. Quando nos damos conta, estamos
perto dos trinta. Muitas vezes, com vários questionamentos e com uma sensação
de frustração.
Percebemos,
então, que abandonamos muitos dos nossos sonhos pelo caminho. Percebemos que os
anos passam e vamos adaptando-nos ao que é oferecido. Percebemos o quanto
nos sabotamos no nosso dia a dia, supervalorizando os empecilhos que nos
separam da concretização dos nossos planos. É preciso traçar novos sonhos ou
adaptá-los, mas sem deixar de lado a certeza de realizá-los, aquela que
tínhamos anos atrás. Afinal, os sonhos podem mudar, mas a vontade de sonhar
deve permanecer.
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