Feliz ou
infelizmente, vivemos numa época em que cultuamos um deus chamado “sucesso”.
Todo mundo é meio que obrigado a obter sucesso e sair propagando por aí. Os que
chegaram ao “topo” são pessoas que se dedicaram, que trabalharam arduamente,
que foram além e que sempre propagaram palavras otimistas. Essas pessoas nunca
pensaram em desistir, nunca se questionaram sobre as suas escolhas e sempre
disseram coisas positivas.
E esse show de
meritocracia questionável acaba ferrando o psicológico da pessoa que não chegou
ao tal do “topo”. Afinal, muitas vezes, essa pessoa trabalha arduamente, estuda
incansavelmente, dedica-se ao máximo, mas a fórmula não funcionou 100% para
ela. Ou pelo menos, até agora não. E, na minha concepção, essa pessoa tem o
direito sim de questionar as suas escolhas, de entender como funciona o mercado
e de pensar em desistir.
Fonte da imagem: superpropaganda.net
Isso não
significa adotar uma postura de derrotado ou de vítima. O que questiono é o
fato de vivermos numa sociedade em que não podemos demonstrar fraquezas nem
dúvidas. É óbvio que é preciso fazer
sempre algo para melhorar e nunca se acomodar com o “status quo”. Todavia,
respeito quem não seja sempre forte. Acredito que são os momentos de fraqueza
que nos fazem repensar as estratégias e que nos fortalecem mais à frente.
Afinal,
ninguém sabe o caminho que você traçou até aqui. E os conceitos de sucesso e
fracasso são muito relativos. Muitas vezes, você não chegou ao lugar que
planejou, nem da forma que todos consideram sucesso, mas você está feliz com
suas escolhas e com os seus passos, inclusive com o ritmo deles. Assim, o que
pode ser um fracasso para os outros não é para você.
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