Há muitas mulheres que não
desejam ter filhos e, nem por isso, deixam de ser felizes. Por muito tempo, eu não tive esse desejo. Meu
foco era única e exclusivamente a minha carreira. O tempo foi passando e, após
os 20 e poucos, meu instinto maternal começou a falar mais alto. Eu me rendo
toda vez que vejo o sorriso puro e ingênuo de um bebê e fico toda boba na
frente de uma criança.
Fonte da imagem: freepik.com
No entanto, ainda me considero
muito imatura para tomar uma decisão que vai mexer com tudo na minha vida. Mas
quando será esse momento certo? Ao olhar
para a minha mãe, lembro que ela foi mãe pela primeira vez aos 23. Eu nasci
quando ela tinha 27. Daí, pergunto-me: será que ela era madura o suficiente
para ser mãe? Desconfio que não. Desconfio que a gente nunca esteja preparada
para ser mãe. Desconfio que a gente se descobre mãe quando esse milagre da vida
nos encontra. E a gente aprende no
desenrolar dos dias, nas pequenas descobertas e num amor incondicional que
nasce instantaneamente na gente.
Mesmo assim, realizar esse sonho
exige uma compreensão clara da realidade. É preciso estar preparada
financeiramente e, principalmente, psicologicamente. Afinal, como dizem as
minhas amigas que já são mães, não é nada fácil conciliar a rotina de mãe com a
de mulher, a de dona de casa, a de profissional etc. Talvez seja aí que se encontre
o grande dilema da mulher de quase 30: ao mesmo tempo em que não nos sentimos
preparadas, temos um relógio biológico correndo contra nós.
Apesar disso, não é necessário
desespero. Ter consciência do que uma decisão como essa representa é
fundamental para você não responsabilizar seu filho pelas escolhas que você
fez. E, se você não tem essa vontade nem está disposta a abrir mão de algumas
coisas, não se sinta obrigada a ser mãe simplesmente porque a sociedade impõe
isso para a mulher. Afinal, nós
decidimos o que é melhor para a gente.
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